domingo, 31 de maio de 2009

Minha Subpoesia

É frio,bem que se vê
ninguém na rua,chuva
o minuano sopra agourento
é sábado e domingo, e eu não te vi

mesmo na chuva,pede-se esmola
compra-se e troca-se
fuma-se pedra,rouba-se pobres
faz-se dinheiro
a rua fria fica sem graça
volto pra casa desacostumado a sair sozinho

penso no meu quarto,penso em você
todo ciumes,vindo de ti
todo racismo ,vindo dos outros
nada fez acabar o sentimento

nem a chuva que bate
fria e soberana
alagando a Sertório
engarrafando a Assis Brasil
no horário de te ver na terça

chego atrasado e com frio
você me espera mordiscando o canudinho do suco de laranja
no McDonalds
te encho os olhos de lágrimas
te magoo
te faço chorar

seus olhos húmidos secam-se numa aliança
e com um beijo selamos 
a noite fria ,alianças
se acaba o sábado e se vai o domingo
estou só
eu e minha subpoesia
subescrita
sem você

te guardo no peito
termino frases forçadas
decreto um fim ilógico
no fim das minhas frases
da minha subpoesia

e me vou dormir
pensando em pensar em você
durmo
e minha poesia adoece
no frio,no vento e na chuva