sexta-feira, 24 de julho de 2009

Na chuva (a dança das coisas q mudam ou o retrato do que não molha com a agua celeste)

Ônibus lotado,abarrotado
hora do rush
um jovem cego em pé equilibra-se

para-se os carros ,sinal fechado
a chuva pega mendigos de surpresa
no frio ,alaga a Assis Brasil dos pedintes de farol
dois meninos (menores de idade)falam como homens
molhados contando a grana do dia

choveu no dia em que morreu Jesus
nos rosto de um justo,molhava fria a agua vinda dos céus
choravam as mães judias desconsoladas

na pele suja dos meninos
a chuva humedece lavando seus trapos
chora a mãe de um menino perdido
na esquina da própria casa


uma jovem grávida
foge de casa e dos espancamentos do pai
um menino se torna homem
filho se torna pai

uma virgem leva no ventre um menino-rei esperado
um Pai se torna Filho
e um Filho Pai-homem(Filho de homem,Pai)

estava chovendo quando a menina gravida beijou seu menino
(que agora é pai)
era uma chuva fria
enquanto a menina beijava seu quase marido
estava beijando a face de um homem(sem saber)

enquanto Maria beijava seu bebê-menino
estava beijando o rosto de DEUS
DEUS homem sem saber

a chuva passa ,o engarrafamento aumenta
o cego desce na parada errada,e
caminha sem auxilio na noite fria
os pedintes queimam seu dinheiro
pra esquentar o peito,e os pulmões
a menina aborta e volta pra casa
o menino começa a trabalhar segunda-feira que vem...

ontem era domingo
e não choveu

como no dia da ressureição
tudo era novo