domingo, 31 de agosto de 2008
eu não acredito nas coisas
não acredito em sonhos
utopia,meta ou futuro
não acredito,não(nem vem)
nem naquilo que há por vir
nem no contrario
nem na magia
nem no caos eu acredito
eu não acredito no amor a primeira vista
não acredito em sentimentos profundos e desinteressados
não acredito em meias verdades ditas
nem em verdades escondidas
nem na verdade absoluta
não acredito na paixão arrebatadora de mortais
nem na magia que há
nem no contrario
nem no caos eu acredito
nem em verdades ditas com lágrimas nos olhos
eu acredito
nem em mentiras forçadas
ditas por dizer,ou não
não acredito no impulso
muito menos nos teus olhos
nas lágrimas q caem
nem na magia que me atrai
nem no contrario
nem no caos eu acredito
eu não acredito que vai dar certo
nem no errado
não acredito no perdão
nem na dor
nem na saudade
no bilhetinho escrito
no brilho dos teus olhos
na loucura indesejada
na flor adormecida
no desejo por teus beijos
nem na magia perdida
nem nos sentimentos contrários a tudo isso
nem no caos que me causa
nem em mim
nem em ti
eu acredito
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Para todos os Pais-de Anine
Um dia um adolescente escreveu a seguinte carta ao seu pai já falecido que foi um capitão muitos anos em um navio....É, meu velho Capitão...ainda
Vejo você ai recostado,olhando o mar, o infinito profundo. Nas rugas de seu rosto cansado,delineado o traçado das rotas navegadas...
Vivências e experiências passadas.Mãos calejadas, marcadas
Pela condução da embarcação. Brancos cabelos como espumas do mar
É Pai, meu velho Capitão...Quantas coisas a recordar.
Quantas lembranças, quantos ensinamentos. Alegrias, desentendimentos,
Presenças e ausências.Imagens
Aparências. E, apesar de sermos diferentes aqui ou ali
É bom saber que juntos um dia caminhamos
Vendo, ouvindo... como amigos sentindo. Recordações de menino que um dia foi. Brincadeiras, colegas de escola, Tempo passado
Dos estudos, das dificuldades e das artes. A adolescência, os namoros.
Cinema... o beijo furtivamente roubado. É Pai, meu velho Capitão...
Como foi grande a sua missão. Bússola e sextante a nos guiar
Alertar, ensinar, amparar, Proteger, repreender.
Archote na terra, no céu e no mar. Porto seguro, mastro mestre da família.
Ao casar-se, de ser só filho deixou, passou a ser marido,
A ser pai, também passou. Trabalhou duro, suou, sofreu, criou
Fortunas que não são suas, carros que jamais dirigiu,
Sonhos que nunca viveu, anseios que sufocou...É Pai, meu velho Capitão...
Como foi grande a sua missão, E por vezes nem dei conta da carga...
Mas lá em cima com Deus está tudo contabilizado.
Sabe Pai, não é fácil falar de você
nem te abraçar me resta e nem posso mais olhar nos teus olhos seus olhos,
Dizer-te de coração:
Muito obrigado Pai, meu querido amigo, meu velho Capitão!!!
Anine Isabel